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É Desejo, Paixão ou Amor?

  • aemvieira
  • 17 de jun. de 2024
  • 3 min de leitura

Atualizado: 10 de jul. de 2024




Segundo Helen Fisher, uma renomada antropóloga e pesquisadora sobre o amor, há uma distinção clara entre desejo, paixão e amor, cada um desempenhando papéis diferentes na experiência humana de atração e relacionamento. Muitas crenças foram surgindo em relação a esses conceitos, criando distorções e consequências nas relações amorosas. Fisher propõe que essas três emoções são distintas, mas inter-relacionadas, compondo um espectro da experiência amorosa.


Para Helen Fisher, esses três sistemas – desejo, paixão e amor – podem operar simultaneamente, mas não necessariamente sincronizados. Por exemplo, alguém pode sentir desejo sem estar apaixonado ou amando, pode estar apaixonado sem ter um profundo vínculo de amor, ou pode sentir um amor profundo sem o fogo da paixão inicial. A interação entre esses sistemas é complexa e pode variar entre diferentes indivíduos e ao longo do tempo em um relacionamento. Conhecer um pouco sobre esses 3 conceitos e as crenças sobre relacionamentos pode ajudar na resolução de conflitos e na compreensão das fases do relacionamento.


Desejo (Lust): O desejo, é a força primal que inicia a atração sexual e a busca por gratificação física. É predominantemente biológico, fundamental para a perpetuação da espécie e é impulsionado por hormônios sexuais, principalmente a testosterona em ambos os sexos, embora o estrogênio também desempenhe um papel significativo nas mulheres.


O desejo sexual é uma experiência universal que todos os seres humanos, independentemente de cultura ou orientação sexual, vivenciam em algum grau. É um impulso básico que pode ser desencadeado por diversos estímulos, como visuais, olfativos e táteis.


A função principal do desejo é a reprodução. No entanto, ele também desempenha outros papéis importantes na vida humana:


Formação de Parcerias: O desejo pode levar à formação de relacionamentos e parcerias, que são fundamentais não apenas para a reprodução, mas também para o apoio social e emocional.

Prazer e Satisfação: Além de seu papel biológico, o desejo sexual também é fonte de prazer e satisfação pessoal. Ele pode fortalecer a intimidade entre parceiros e contribuir para o bem-estar emocional, mas também pode terminar afetando a autoestima e a autoconfiança caso as crenças sobre esse tema sejam irrealistas.


Comportamentos de corte e sedução muitas vezes são impulsionados pelo desejo, que pode levar a rituais sociais complexos destinados a atrair e selecionar parceiros adequados.


O desejo pode ser uma força motivadora poderosa que leva a ações destinadas a satisfazê-lo, desde encontros casuais até a busca por relacionamentos mais estáveis.


As normas, crenças e tabus culturais em torno do desejo sexual podem influenciar como as pessoas expressam e reprimem seu desejo, variando significativamente entre diferentes sociedades e épocas.


O desejo também pode afetar a dinâmica de poder e as interações sociais, especialmente em contextos onde a expressão da sexualidade é regulada ou julgada.


Paixão (Attraction/Passionate Love): A paixão é caracterizada por um intenso desejo de estar com alguém específico. Envolve um conjunto complexo de emoções, como euforia, energia elevada, obsessão, e foco exclusivo no objeto da paixão. É marcada pela produção de neurotransmissores como dopamina, norepinefrina e serotonina, que criam sentimentos de prazer e excitação.


Amor (Attachment/Companionate Love): O amor é o estágio mais profundo e duradouro dos relacionamentos, focado no vínculo emocional e no comprometimento a longo prazo. Este tipo de amor é sustentado por hormônios como a oxitocina e a vasopressina, que promovem sentimentos de segurança, calma e ligação emocional entre os parceiros.


A compreensão dessas dinâmicas oferece uma visão abrangente de como os seres humanos se conectam, se apaixonam e mantêm ou não relacionamentos duradouros.


Autora: Helen Fisher




 
 
 

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